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capa do ebook POLÍTICAS PÚBLICAS HIV/AIDS E IDOSOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

POLÍTICAS PÚBLICAS HIV/AIDS E IDOSOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

O trabalho tem como objetivo analisar as políticas públicas brasileiras que envolvem os direitos dos idosos e da assistência ao HIV a partir dos desafios e conquistas das últimas décadas nas respectivas áreas. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura na qual foram levantados dados das bases: Scielo, Pubmed e Lilacs entre fevereiro a abril de 2021, usando os descritores “idosos”, “HIV” e “políticas públicas”, sendo selecionados para compor a discussão 14 artigos. Percebeu-se que ainda não há articulação eficiente entre as políticas públicas que envolvem a pessoa idosa e a assistência ao HIV/AIDS. Foi possível perceber que o processo de envelhecimento no país ocorre permeado a muitos preconceitos, estigmas, diferenças educacionais, socioeconômicas e as políticas públicas que nem sempre conseguem amparar o idoso de maneira integral. Ademais, o sistema de saúde ainda não aborda adequadamente a vida sexual da pessoa idosa, impactando na falta de orientação para prevenção de IST’s, no diagnóstico frequentemente tardio de doenças, além dos estigmas e preconceitos que também interferem no tratamento. Nota-se que muitas campanhas sobre saúde sexual não são voltadas para essa população, considerando a linguagem direcionada aos jovens. Isso reflete ainda a ideia, já ultrapassada, de grupo de risco para o HIV, no qual os idosos não faziam parte, porém, isso se modificou nas últimas décadas. Faz-se importante reforçar a adesão ao uso de preservativos, considerando que este ainda é tido como desnecessário em relações duradouras, sendo possível perceber resistência ao seu uso que ocorre também pela não necessidade de métodos contraceptivos e pela crença de que o preservativo pode interferir na qualidade da relação sexual. Muitos idosos, ao longo da vida, não foram alertados sobre a importância do sexo seguro. Sobre o idoso que vive com HIV e possui a família como rede de apoio social em sua vida, há suporte emocional, financeiro e até cuidados físicos. Porém, outra questão pode ser a dificuldade de inserção na sociedade, uma vez que muitos sofrem com discriminação, o que causa exclusão, rejeição, solidão e isolamento social, que podem afetar a auto-aceitação e auto-estima. Observou-se pouca articulação entre políticas públicas sobre pessoas idosas e HIV/AIDS nesta revisão. Além disso, destaca-se o trabalho interdisciplinar como de extrema relevância para assegurar um cuidado especializado, humanizado e integral, visando a autonomia e independência deste idoso, assim como a busca pelo entendimento das subjetividades e particularidades da população idosa, tendo em vista as diferenças socioeconômicas, educacionais, comportamentais e cognitivas para que as políticas públicas que amparam esse público sejam, de fato, efetivas.

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POLÍTICAS PÚBLICAS HIV/AIDS E IDOSOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

  • DOI: 10.22533/at.ed.2312204085

  • Palavras-chave: HIV; Idosos; Políticas Públicas

  • Keywords: HIV; Elderly; Public Policies

  • Abstract:

    This study aims to analyze the Brazilian public policies involving the rights of the elderly and HIV care based on the challenges and achievements in recent decades in the respective areas. This is an integrative literature review in which data were collected from Scielo, Pubmed and Lilacs between February and April 2021, using the descriptors "elderly", "HIV" and "public policies", being selected for discussion 14 articles. It was noticed that there is still no efficient articulation between public policies involving the elderly and HIV/AIDS care. It was possible to notice that the aging process in the country is permeated by many prejudices, stigmas, educational, socioeconomic differences, and public policies that are not always able to support the elderly in an integral manner. Furthermore, the health system still does not adequately address the sexual life of the elderly, impacting on the lack of guidance for the prevention of STIs, on the often late diagnosis of diseases, besides the stigmas and prejudices that also interfere in the treatment. It is noted that many campaigns on sexual health are not aimed at this population, considering the language directed to young people. This still reflects the outdated idea of a risk group for HIV, in which the elderly were not part of, but this has changed in recent decades. It is important to reinforce adherence to condom use, considering that this is still seen as unnecessary in long-term relationships, and it is possible to notice resistance to its use, which also occurs due to the lack of need for contraceptive methods and the belief that condoms can interfere with the quality of sexual intercourse. Many older adults, throughout life, were not warned about the importance of safe sex. Regarding the elderly who live with HIV and have the family as a social support network in their lives, there is emotional, financial, and even physical care support. However, another issue may be the difficulty of insertion in society, since many suffer from discrimination, which causes exclusion, rejection, loneliness, and social isolation, which can affect self-acceptance and self-esteem. Little articulation between public policies on the elderly and HIV/AIDS was observed in this review. In addition, interdisciplinary work is highlighted as extremely relevant to ensure specialized, humanized and comprehensive care, aiming at the autonomy and independence of the elderly, as well as the search for understanding the subjectivities and particularities of the elderly population, taking into account the socioeconomic, educational, behavioral and cognitive differences so that public policies that support this public are, in fact, effective.

  • Número de páginas: 30

  • Ana Beatriz Resende Pereira
  • Júlia Barbosa Ferraz Vilela
  • Renata Borba de Amorim Oliveira
  • Lismeia Raimundo Soares
  • Rafaela Espíndola Costa
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