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capa do ebook RELAÇÃO ENTRE A IDADE E A COMPOSIÇÃO CORPORAL DE IDOSAS FRÁGEIS INSTITUCIONALIZADAS

RELAÇÃO ENTRE A IDADE E A COMPOSIÇÃO CORPORAL DE IDOSAS FRÁGEIS INSTITUCIONALIZADAS

INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas, devido à redução das taxas de mortalidade e a queda das taxas de natalidade houve uma transformação no perfil demográfico no Brasil que resultou no aumento da longevidade, e consequentemente, no número expressivo de idosos. Com o aumento da expectativa de vida, surgem alterações funcionais que podem comprometer a independência funcional e a qualidade de vida desta população. Dentre as alterações mais relevantes associadas ao envelhecimento destaca-se a Síndrome da Fragilidade do Idoso (SFI). Esta síndrome é considerada altamente prevalente, resultando em consequências dramáticas à saúde do idoso. Dados norte-americanos apontam uma prevalência de 7 a 12%, e na América Latina e alguns países Caribenhos a prevalência aumentou consideravelmente, sendo de 30 a 48% em mulheres e 21 a 35% em homens. Estas taxas superam em muito, não somente dados norte-americanos, mas também de países europeus. OBJETIVO: Foi analisar a relação entre a idade e a composição corporal de idosas frágeis institucionalizadas. METODOLOGIA: Foram selecionadas 40 idosas, com idade ≥70 anos, com diagnóstico de SFI sem traços demenciais e/ou depressivos. Após a determinação do índice de massa corporal (IMC) foi realizada a classificação em três grupos (n=6 com baixo peso <22 kg/m2, n=13 eutróficas 22 a 27 kg/m2, e n=21 com sobrepeso >27 kg/m2), foram avaliados ainda, o índice de massa muscular total (IMMT) por equação preditiva, e a força de preensão manual (FPM) por dinamometria. RESULTADOS: Foram encontradas diferenças significativas nas médias do IMC (baixo peso 20,1; eutróficas 25,2 e sobrepeso 30,5; p<0,000) e do IMMT (baixo peso 4,9; eutróficas 6,3 e sobrepeso 7,8; p<0,000). Ambos os índices diminuíram com o avanço da idade. A média do IMMT foi inferior aos valores normativos (5,9 a 9,5 kg.m -2) apenas no grupo de baixo peso. Embora não tenham sido encontradas diferenças significativas entre os grupos nas medidas de FPM (baixo peso 17,2; eutróficas 16,2 e sobrepeso 18,6), o grupo com sobrepeso apresentou melhor desempenho. CONCLUSÃO: Os resultados apontam que na medida em que a idade avança ocorre redução do IMC e do IMMT. Embora o grupo com as melhores medidas de força muscular tenha sido aquele com sobrepeso, este foi o de menor idade. Porém, vale lembrar que estes achados podem corroborar com o Paradoxo Obesidade-Mortalidade, onde o peso corporal, embora acima dos valores referenciais para idosos (entre 22 e 27 kg/m2) poderia manifestar-se como um fator protetor para o idoso, representando assim uma reserva de energia que poderia ser utilizada diante de condições patológicas, como a desnutrição ou infecções. Salienta-se a importância da avaliação minuciosa da composição corporal, estado nutricional e da força muscular em idosos e, ainda, sugere-se que a manutenção do peso corporal seja mantida, ao menos, em níveis próximos do normal.

 

 

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RELAÇÃO ENTRE A IDADE E A COMPOSIÇÃO CORPORAL DE IDOSAS FRÁGEIS INSTITUCIONALIZADAS

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.0472121073

  • Palavras-chave: Fragilidade; Avaliação Geriátrica; Saúde do idoso institucionalizado.

  • Keywords: Frailty; Geriatric Assessment; Health of the institutionalized elderly.

  • Abstract:

    INTRODUCTION: In the last decades, due to the reduction of mortality rates and the fall of birth rates, there has been a transformation in the demographic profile in Brazil, which has increased longevity, and consequently, in the expressive number of elderly people. With the increase in life expectancy, functional alterations arise that can compromise the functional independence and quality of life of this population. Among the most relevant aging-related alterations is the Frailty Syndrome of the Elderly (FFS). This syndrome is considered highly prevalent, resulting in dramatic consequences to the health of the elderly. North American data show a prevalence of 7 to 12%, and in Latin America and some Caribbean countries the prevalence has increased considerably, being 30 to 48% in women and 21 to 35% in men. These rates far exceed not only North American data but also data from European countries. OBJECTIVE: To analyze the relation between age and body composition of institutionalized fragiles elderly women. METHODOLOGY: Forty elderly women, aged ≥70 years, diagnosed with SFI without dementia and/or depressive features were selected. After body mass index (BMI) determination, classification into three groups was performed (n=6 underweight <22 kg/m2, n=13 eutrophic 22 to 27 kg/m2, and n=21 overweight >27 kg/m2), total muscle mass index (TMSI) by predictive equation, and handgrip strength (HGS) by dynamometry were also evaluated. RESULTS: Significant differences were found in the means of BMI (underweight 20.1; eutrophic 25.2 and overweight 30.5; p<0.000) and IMMT (underweight 4.9; eutrophic 6.3 and overweight 7.8; p<0.000. Both indices decreased with advancing age. The mean IMMT was lower than normative values (5.9 to 9.5 kg.m-2) only in the low weight group. Although no significant differences were found between the groups in the FPM measurements (underweight 17.2; eutrophic 16.2, and overweight 18.6), the overweight group performed better. CONCLUSION: The results show that as age advances there is a reduction in BMI and IMMT. Although the group with the best muscle strength measurements was the overweight group, this was the youngest group. However, it is worth remembering that these findings may corroborate the Obesity-Mortality Paradox, where body weight, although above the reference values for the elderly (between 22 and 27 kg/m2) could manifest itself as a protective factor for the elderly, thus representing an energy reserve that could be used when facing pathological conditions such as malnutrition or infections. The importance of a thorough evaluation of body composition, nutritional status, and muscle strength in the elderly is emphasized, and it is also suggested that bodyweight should be maintained at least at levels close to normal.

     

  • Número de páginas: 16

  • Marilda Morais da Costa
  • Antônio Vinicius Soares
  • Stefany Da Rocha Kaiser
  • Luís Fernando da Rosa
  • Daniela dos Santos
  • Paulo Sérgio Silva
  • Tulio Gamio Dias
  • Eduardo Barbosa Lopes
  • Laísa Zanatta
  • Vanessa da Silva Barros
  • Heliude de Quadros e Silva
  • Youssef Elias Ammar
  • Cristianne Confessor Castilho Lopes
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