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capa do ebook CASA MODERNA EM LOTE COLONIAL:  DUAS CASAS EXEMPLARES DE RUY OHTAKE

CASA MODERNA EM LOTE COLONIAL: DUAS CASAS EXEMPLARES DE RUY OHTAKE

O presente trabalho propõe o estudo de duas casas do arquiteto Ruy Ohtake em terrenos urbanos estreitos e profundos, tal como os lotes das cidades coloniais brasileiras. 

No Brasil, as residências do período colonial eram construídas sobre o alinhamento das ruas, com paredes laterais nos limites do terreno. Os lotes tinham cerca de 10m de frente e grande profundidade. A casa térrea tinha salas principais para a rua, alcovas ao centro, serviços ao fundo; circulação principal por corredor longitudinal; paredes de pau-a-pique, adobe ou taipa e cobertura em duas águas; eventual edícula de serviços aos fundos. 

Nos anos 1960-70, Ohtake produz várias residências, algumas em lotes urbanos estreitos e profundos. Chiyo Hama (1969) e Tomie Ohtake (1971) destacam-se por premiações. Tais casas adaptam-se a lotes com características coloniais. Implantam-se sobre as divisas e agregam edícula de fundos; as plantas são simples, a circulação longitudinal, os espaços compactos. São, entretanto, modernas quanto a técnicas, materiais e espacialidade: utilização de concreto, espaços fluidos, coberturas planas, aberturas zenitais.

Através da análise das casas de Ohtake pretende-se comparar as casas térreas colonial e moderna construídas em lotes estreitos de meio de quarteirão, demonstrando que modernidade arquitetônica é compatível com urbanismo tradicional.

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CASA MODERNA EM LOTE COLONIAL: DUAS CASAS EXEMPLARES DE RUY OHTAKE

  • DOI: 10.22533/at.ed.8572111021

  • Palavras-chave: Lote urbano colonial; Casa moderna; Arquiteto Ruy Ohtake; Casa Chiyo Hama; Casa Tomie Ohtake.

  • Keywords: Colonial urban lot; Modern home; Architect Ruy Ohtake; Chyio Hama House; Tomie Ohtake House.

  • Abstract:

    This study focuses on two houses by architect Ruy Ohtake built on long, narrow strips of land, in lots similar to those typical of Brazilian colonial cities.

    In Brazil, homes from the colonial period were built according to the alignment of streets, with lateral walls along the borders of the plot. Lots were usually around 10 meters wide and could be very large in the other direction. Single-story homes featured main living rooms facing the street, sleeping alcoves in the center, and services in the rear; main circulation along a longitudinal corridor; walls of wattle and daub, adobe or taipa were covered by gabled roofs; sometimes there was a service shed in the back.

    In the 1960s and 70s, Ohtake produced a series of homes, some on long, narrow urban lots. The houses for Chiyo Hama (1969) and Tomie Ohtake (1971) stand out for having won awards. These homes were adapted to the lots with colonial characteristics. They are built over the borders with an added shed in the back; the floor plans are simple, with longitudinal circulation and compact spaces. As such, they are modern in terms of technique, materials and spatiality: use of concrete, fluid spaces, flat roofs, and natural light openings.

    In analyzing the houses by Ohtake, the idea is to compare single-story colonial and modern homes built on narrow lots half a block deep, thus demonstrating that architectural modernity is compatible with traditional urbanism.

  • Número de páginas: 13

  • Raquel Rodrigues Lima
  • Silvia Lopes Carneiro Leão
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