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O PAPEL DA FRAGILIDADE NA ASSOCIAÇÃO DA DEPRESSÃO COM A MULTIMORBIDADE: RESULTADOS DE UM ESTUDO TRANSVERSAL A PARTIR DE UMA COORTE PROSPECTIVA

Introdução: As evidências atuais da literatura relatam uma relação bidirecional entre depressão e fragilidade nos idosos. O objetivo deste estudo é investigar a hipótese de que os sintomas e transtornos depressivos podem aumentar o risco de incidência da fragilidade. Métodos: Uma coorte de 315 idosos (≥ 60 anos) foi avaliada em desenho transversal na linha de base. Os participantes responderam a um questionário de autorrelato avaliando dados sociodemográficos e clínicos. GDS–15 e PHQ–9 foram aplicados como escalas de rastreamento e gravidade de depressão. A depressão foi diagnosticada através dos critérios do DSM5. O índice de fragilidade (IF) foi utilizado como o principal instrumento relacionado à definição de fragilidade. A associação entre as variáveis de interesse foi feito através de diferentes métodos de regressão logística e linear. Os modelos foram ajustados para as covariáveis: idade, sexo, escolaridade, IMC, cognição, polifarmácia e multimorbidade. Resultados: Os participantes foram caracterizados por uma média de idade de 72,1 anos, 68,3% de mulheres,  20% com depressão maior, 27% com depressão subsindrômica e 33,3% de frágeis. A prevalência de fragilidade foi diferente entre os idosos deprimidos e não deprimidos (p < 0,001). Idosos deprimidos apresentaram uma razão de chances de 2,77 para fragilidade no baseline (p = 0,01). O risco para fragilidade incidente foi maior (3,17) quando considerado o diagnóstico de depressão maior (p = 0,006) e não foi significativo para depressão subsindrômica (p = 0,777). Após as análises dos modelos lineares, não houve efeito significativo da depressão subsindrômica na fragilidade (p = 0,07) ou multimorbidade (p = 0,204). A gravidade de sintomas depressivos foi associada ao maior risco de fragilidade (p < 0,001) e multimorbidade (p = 0,026). Conclusão: A associação entre depressão e fragilidade foi significativa após análise transversal. Além disso, fragilidade foi um fator explicativo da associação entre depressão e multimorbidade.

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O PAPEL DA FRAGILIDADE NA ASSOCIAÇÃO DA DEPRESSÃO COM A MULTIMORBIDADE: RESULTADOS DE UM ESTUDO TRANSVERSAL A PARTIR DE UMA COORTE PROSPECTIVA

  • DOI: 10.22533/at.ed.05221020211

  • Palavras-chave: idosos, depressão, fragilidade, prognóstico, morbidade

  • Keywords: elderly, depression, frailty, prognosis, morbidity

  • Abstract:

    Introduction: Current evidence from the literature reports a bidirectional relationship between depression and frailty in the elderly. The aim of this study is to investigate the hypothesis that depressive symptoms may increase the risk of incident frailty. Methods: A Cohort study of 315 older adults (> 60 years) was assessed by a cross-sectional design at baseline. Participants have answered a self-report questionnaire assessing sociodemographic and clinical data. GDS–15 and PHQ–9 were applied as depression screening measure and to quantify depressive symptoms. Depression was diagnosed according to DSM5 criteria. Frail index (FI) was used as the main tool related to a definition of frailty. The association between the variables of interest was done through different methods of logistic and linear regression. Results: Participants were characterized by mean age of 72.1 years, 68.3% of women, 20% of major depressive disorder, 27% of subthreshold depression and 33.3% of frail. Frailty prevalence was different between depressed older adults and non-depressed (p < 0.001). Depressed older adults presented an odds ratio of 2.77 for frailty at baseline (p = 0.01). An incident odds ratio for frailty was higher (3.17) when considered the diagnosis of major depression (p = 0.006) but it was not significant for subthreshold depression (p = 0.777). After analyses of linear models, there was no significant effect of subthreshold depression on frailty (p = 0.07) or multimorbidity (p = 0.204). The severity of depressive symptoms was associated to a greater risk of frailty (p < 0.001) and multimorbidity (p = 0.026). Conclusion: The relationship between depression and frailty was significant after cross-sectional analysis. In addition, frailty was an explanatory factor of the association between depression and multimorbidity.

  • Número de páginas: 25

  • Alaise Silva Santos de Siqueira
  • Marina Maria Biella
  • Ivan Aprahamian
  • MARCUS KIITI BORGES
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