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O USO DE ANIMAIS DE LABORATÓRIO EM AULAS PRÁTICAS E MÉTODOS ALTERNATIVOS NO ENSINO DE FISIOLOGIA

O uso de animais de laboratório no ensino de fisiologia foi uma prática comum nas instituições de ensino superior e tinha como finalidade ilustrar e consolidar os conceitos fisiológicos em aulas práticas. Esse uso fundamentou-se por muito tempo no princípio de que os fenômenos observados nos animais podiam ser extrapolados a outras espécies, como o homem. No entanto, nos últimos anos, essa didática foi muito contestada em diversos aspectos por instituições, professores, alunos e sociedade. No Brasil, as determinações específicas referentes à utilização de animais nas atividades de ensino e pesquisa surgiram com a implementação da Lei 11794 (Arouca) em 2008, a qual estabeleceu o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA) como órgão responsável pela utilização humanitária de animais, além de tornar obrigatória a criação de Comissões de Ética ao Uso de Animais (CEUAs) institucionais para controlar as atividades de ensino e pesquisa. Atualmente, o uso de animais em atividades didáticas demonstrativas e observacionais foram restritas pela Resolução Normativa CONCEA nº 38, publicada em 2018, fazendo com que as escolas de ensino superior buscassem métodos alternativos que substituíssem o uso de espécies vivas no ensino. Evidências na literatura mostram que os conhecimentos em disciplinas básicas podem ser adquiridos por meio de metodologias substitutivas sem alterar a qualidade do ensino. Dentre essas abordagens podemos destacar os vídeos representativos e simulações computacionais, os quais oferecem diversas vantagens em relação à utilização de animais. No ensino de fisiologia, as abordagens virtuais, como o aprendizado assistido por computador, têm demonstrado ser igualmente eficazes comparadas  às aulas com espécies vivas. Portanto, os métodos alternativos de ensino da fisiologia, equivalentes aos anteriores, devem ser utilizados para o desenvolvimento das habilidades cognitivas e analíticas dos alunos durante as aulas práticas, respeitando assim a ética animal.

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O USO DE ANIMAIS DE LABORATÓRIO EM AULAS PRÁTICAS E MÉTODOS ALTERNATIVOS NO ENSINO DE FISIOLOGIA

  • DOI: 10.22533/at.ed.2892027072

  • Palavras-chave: Fisiologia. Ensino. Animais de laboratório. Aulas práticas. Métodos alternativos.

  • Keywords: Physiology. Teaching. Laboratory animals. Practical classes. Alternative methods.

  • Abstract:

    The use of laboratory animals in physiology teaching was a common practice in higher education and was intended to illustrate and consolidate physiological concepts in practical classes. This use was based for a long time on the principle that the phenomena observed in animals could be extrapolated to other species, such as man. However, over the last few years, this didactic had been contested in several aspects by institutions, teachers, students and society. In Brazil, the specific determinations regarding the use of animals in teaching and research activities emerged with the promulgation of Law 11794 in 2008 (Arouca), which established the National Council for the Control of Animal Experimentation (CONCEA) as the body responsible for the humane use of animals, in addition to requiring compulsorily the creation of institutional Animal Use Ethics Commissions (CEUAs) to control teaching and research activities. Currently, the use of animals in demonstrative and observational didactic activities has been restricted by the CONCEA Normative Resolution nº 38 published in 2018, making higher education schools to seek alternative methods which replace the use of live species in education. Evidence in the literature shows that knowledge in basic disciplines can be acquired by means of substitute methodologies without affecting the quality of teaching. Among these approaches, we can highlight the representative videos and computer simulations, which offer several advantages in relation to the use of animals. In teaching physiology, the use of virtual approaches, such as computer-assisted learning, have been shown to be equally effective compared with classes using living species. Therefore, alternative methods of teaching physiology, equivalent to the previous ones, should be used to develop students' cognitive and analytical skills during practical classes, thus respecting animal ethics.

  • Número de páginas: 15

  • Giovanna Develis
  • Cássio José Sgarbi Filho
  • Fernando Storti de Pieri
  • Pedro Afonso Ferreira Haupenthal
  • André Luis Antoneli Senju
  • Lucélio Bernardes Couto
  • Reinaldo Bulgarelli Bestetti
  • Marina de Toledo Durand
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