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capa do ebook A (DES)REIFICAÇÃO DO MÉTODO NA PSICOLOGIA EXISTENCIALISTA: PARTINDO DA EXPERIÊNCIA DO (SUPOSTO) CONHECEDOR

A (DES)REIFICAÇÃO DO MÉTODO NA PSICOLOGIA EXISTENCIALISTA: PARTINDO DA EXPERIÊNCIA DO (SUPOSTO) CONHECEDOR

Este trabalho expõe reflexões que partem de minhas experiências na relação com a Psicologia e no contexto acadêmico. São abordados três contextos: a minha escolha pela Psicologia, que ocorreu de maneira acrítica, tendo como fundamento o sentido da generosidade, isto é, o de se valer de teorias, métodos e técnicas da Psicologia, neste caso, para auxiliar o outro. Nesta parte reflito sobre a noção de generosidade para Sartre, evidenciando a relação com a ideologia do saber-poder em contraponto com o sentido de uma Psicologia que promova construções conjuntas e criativas. O segundo contexto refere-se a reificação histórica da relação ensino-aprendizagem e sobre a necessidade de o(a) professor(a) ter consciência crítica das condições contraditórias em que se insere, a fim de superar a replicação de conhecimentos. O terceiro contexto foca a compreensão da dialética da relação racial, que aconteceu, primordialmente, como banca de uma dissertação de mestrado cujo conteúdo foca Frantz Fanon e Sartre. O eurocentrismo, ao produzir hegemonia sobre o conceito de ser humano (pessoa cis, branca, naturalmente boa, mas corrompida pelo meio), igualmente produz o imperativo de a pessoa branca legitimar a pessoa negra a partir de si. Compreende-se, portanto, que a dialética racial exige que a pessoa branca reconheça o lugar que ocupa socio-historicamente, para entender sua implicação e responsabilidade na construção da história da pessoa negra. Nestes três contextos é chamada a atenção para a possibilidade de superação da condição alienante com o método progressivo-regressivo, por este ser um método não reificado e não reificante, e porque exige que aquele(a) que ocupa o lugar de suposto saber coloque em questão sua implicação com este lugar que ocupa. 

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A (DES)REIFICAÇÃO DO MÉTODO NA PSICOLOGIA EXISTENCIALISTA: PARTINDO DA EXPERIÊNCIA DO (SUPOSTO) CONHECEDOR

  • DOI: 10.22533/at.ed.4382012053

  • Palavras-chave: Existencialismo. Método progressivo-regressivo. Conhecimento. Interseccionalidade. Alienação.

  • Keywords: Existentialism. Progressive-regressive Method. Knowledge. Intersectionality. Alienation.

  • Abstract:

    The present article reveals thoughts that arise from my own experiences in relation to Psychology and the academic context. Three contexts are approached: my choice for Psychology, which occurred in an uncritical way - based on the sense of generosity, in other words, the use of psychological theories, methods, and techniques, aiming to help others. In this section I reflect upon the notion of generosity for Sartre, highlighting the relationship between the power/knowledge ideology in contrast to the sense of a Psychology that promotes collective and creative elaborations. The second context refers to the historical reification of the teaching-learning relationship and the need for the teacher to be critically aware of the contradictory conditions in which he or she puts him/herself, in order to overcome knowledge reproduction. The third context focuses on the understanding of the dialectics of racial relationships, which for me happened, primarily, when I was an examiner of a Masters’ degree program that focused on Frantz Fanon and Sartre. Eurocentrism, by producing hegemony over the concept of the human being (cisgender, white, naturally good, but corrupted by the environment), also produces the imperative for the white person to legitimate the black person from their own self. Therefore, it is understood that the racial dialectics requires that the white person identifies the social-historical place he or she occupies, in order to understand their implication and responsibility in the constitution of the history of the black person. In these three contexts, particular attention has been paid to the possibility of overcoming the alienating condition with the progressive-regressive method, considering it’s a not reified and reifying method, and because it requires that the person that occupies the place of alleged knowledge questions his or her implication in this place that they occupy. 

  • Número de páginas: 13

  • Sylvia Mara Pires de Freitas
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